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Os nossos companheiros de torcida precisam aprender o respeito pela opinião, especialmente pelas dos que podem ser muito vascaínos do eles proprios.

O que expus em meu texto anterior foi o incômodo, a dúvida, diante da decisão de contribuir com o meu clube em sua campanha de "sócios".

Difícil estar diante de alguém muito querido, que precisa de sua ajuda para se reerguer, mas também saber que o que lhe levou aquela situação ainda persiste. A quem estaria eu ajudando de verdade?

De outro lado, sei que sem a minha ajuda o caminho seria muito mais longo e dolorido.

Mais do que ninguém sei que um novo caminho precisa ser trilhado, com uma administração competente e com credibilidade para fazer as mudanças que precisamos para salvar o nosso Vasco. Tenho sido executivo de empresas de grande porte, e diante das enormes dívidas acumuladas nesses anos todos, pelas administrações do Sr. Eurico e, também, pela de nosso ídolo, mas  incompetente administrador, é imperioso a criação de uma nova fonte de receitas, para tornar-se equilibrado o fluxo de caixa do clube. A nova queda para a segunda divisão, só fez piorar as coisas, reduzindo o montante das receitas correntes. 

Assim, um programa que traga recursos novos e contínuos, se torna uma das soluções mais lógicas para a consecução deste objetivo.

Coloco-me entre a cruz e a espada: 1) ao usar a minha lógica, que resiste em me abandonar, não existem dados e experiências anteriores que me façam crer na competência e vontade dos atuais dirigentes, em fazer as transformações administrativas e culturais, que precisamos para sair da crise e nos transformarmos em um clube do século XXI, que nos garanta um futuro de glórias para o time de nossos filhos e netos (no meu caso); 2) ao deixar a minha emoção, o meu desejo de que eu tenha de volta o Vasco da minha vida, a minha vontade é a de fazer o maior dos meus esforços e contribuir com ele com tudo que posso, formar mesmo um grande grupo de vascaínos que possam mensalmente contribuir com recursos ainda maiores.

Aí está  a minha duvida, o meu dilema : colocar-me ao lado de minha consciência ou de minha paixão?

Sou o produto de uma geração que viveu o Vasco sempre campeão; de um Vasco de grandes jogadores: como Ademir, Barbosa, Vavá, Beline, Orlando, Brito, Almir, Roberto, Romário, Edmundo, Juninho, somente para citar alguns; de grandes contratações: Silva, Nei, Luiz Carlos, Tostão, Dirceu, Dener, Juninho Paulista, etc; mas também produto da geração que viveu os nossos três rebaixamentos; dos times formandos, não para disputar o título ( inconcebível  em outros tempos), mas para fugir do rebaixamento; dos times sem um único jogador lembrado para a seleção brasileira, ou transferido para o exterior por somas gigantescas; do clube que passa a perder jogadores para outros clubes brasileiros sem a nossa história, grandeza ou torcida.

A dúvida continua, só a minha paixão ainda me coloca nessa posição. 


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