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Lendo as postagens neste blog e em outras redes sociais, me deparo com uma recorrente pergunta feita por inúmeros torcedores vascaínos: O que aconteceu com o Vasco?.

A resposta é simples, triste é claro, porém simples.

A situação tenebrosa enfrentada pelo Vasco desde o ano de 2001, se deve à patética gestão futebolística do clube neste período. Resposta óbvia, porém para muitos parece novidade.

Enquanto gerido por Antônio Soares Calçada o Vasco era sempre protagonista de todas as competições que disputava. Para ter noção da diferença de situação, após o terceiro lugar no Campeonato Brasileiro de 1992, o Vasco passou por uma enorme reformulação, pois para os dirigentes a campanha foi um fracasso. Algum de vocês pode imaginar o Vasco ficando em terceiro lugar em um campeonato brasileiro de série A hoje em dia?

Após sair do cargo, Calçada o deixou a Eurico Miranda, seu fiel escudeiro, que tinha uma longa história como dirigente vascaíno, acontecimento que pode ser classificado com uma palavra simples. Catástrofe.

Simplesmente o pior presidente a passar pelo Club de Regatas Vasco da Gama, em dois anos conseguiu acabar com o timaço que o Vasco tinha no final do ano 2000. A primeira passagem de Eurico Miranda, que durou oito anos, foi marcada por times ruins, com um setor ofensivo forte, e um meio campo e zaga horríveis. Só ver o exemplo do time rebaixado em 2008, que contava no ataque, com os jovens Alan Kardec e Alex Teixeira, com o matador Leandro Amaral e com Edmundo já em seu último ano como jogador de futebol, enquanto na zaga tinha jogadores como, Fabio Braz, Odvan também em fim de carreira, e com Rafael e Roberto revezando a titularidade no gol.

Por esse motivo Eurico Miranda era odiado pela esmagadora maioria dos torcedores do Vasco, que não aguentavam mais times medíocres, campanhas ruins no Brasileirão e apenas 1 título (carioca de 2003) em oito anos.

Portanto, nas eleições de 2008, a chance de Eurico Miranda tornar-se presidente novamente era praticamente 0, e as esperanças do Vasco centraram-se todas em seu maior ídolo, Roberto Dinamite.

A gestão de Roberto teve um início promissor, com uma campanha confortável na Série B, e uma apresentação sólida na Série A de 2010. Nos dois anos seguintes o Vasco dava a impressão que voltaria a ser o que sempre foi e nunca deveria ter deixado de ser. Protagonista, time que briga por títulos, que bate de frente com qualquer um no campeonato. Porém, esses dois anos serviram apenas para iludir nós torcedores, eis que a conta chega e o Vasco se vê impossibilitado de pagar e o resultado é mais um rebaixamento.

O segundo rebaixamento do clube foi tão ruim quanto a volta de Eurico Miranda e sua turma extremamente retrógrada, conservadora, que havia parado no tempo e que chegava para comandar um time em 2014 com o pensamento lá atrás na década de 90.

Aquele ódio à Eurico Miranda, já por mim citado, simplesmente sumiu da cabeça de muitos torcedores, que chegaram ao ponto de achar que o clube voltaria aos trilhos com a gestão da família Miranda e seus amigos. Mas adivinha só? Mais uma vez o Vasco fez o que fez nos primeiros oito anos da gestão de Eurico Miranda. Contratou refugos, jogadores velhos ou que haviam ido mal em outros clubes. Não posso deixar de elogiar o presidente por contratar Nenê, a única coisa positiva que ele fez pelo futebol do Vasco nesta sua segunda passagem.

Os tempos são difíceis para o nosso clube, como têm sido durante todo o século XXI. A esperança é a última que morre e por isso nós torcedores temos que nos manter firmes que algum dia nossos tempos de glória voltarão. Enquanto isso a indignação com a nossa diretoria precisa ser mostrada nos estádios, até em jogos fora de casa.

Como disse antes, a esperança é a última que morre, porém a paciência já se foi desde 2001.

Acaba século XXI.

Saudações Vascaínas

Fora Eurico!


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