Meu Querido Vasco

Quando o Vasco conquistou o Brasileirão do ano de 1974 eu ainda ia completar 12 anos de idade, três meses depois. Mas ainda me lembro da euforia vascaína numa das casas dos meus primos lá na Zona Rural do município de Floriano-PI., - muitos deles vascaínos - em cuja sala grande havia um potente rádio a pilha que transmitia o jogo pela Rádio Globo narrado por Valdir Amaral,  (um show  à parte) já que televisão era apenas um sonho distante. A partida da final foi no Maracanã, diante de mais de 112.000 pessoas.



Até aquele dia primeiro de agosto de 74 eu ainda não era torcedor. Porém movido pela emoção dos gols de Ademir e Jorginho Carvoeiro que culminaram naquele  Vasco 2 x 1 Cruzeiro,  eu me vi na obrigação de virar vascaíno, para alegria do meu irmão mais velho (José Joaquim Monteiro (in memorian) e desgosto do irmão do meio (João Gonzaga Monteiro) que infelizmente é flamenguista. (risos)



O Vasco tinha craques como Andrada, Fidélis, Ademir e Roberto Dinamite e o Cruzeiro tinha quase uma seleção brasileira, com Nelinho, Piazza, Dirceu Lopes, Palhinha entre outros. Num jogo polêmico em que um gol do Cruzeiro foi anulado (dizem ter sido legitimo) o Vasco entraria prá história como o primeiro campeão brasileiro entre os clubes do Rio de Janeiro.



Durante esses 30 e poucos anos, tenho vivido tempos ruins com o meu Querido Vasco. Mas "pior que só criticar os defeitos de uma pessoa é não procurar qualidades nela". E é assim que convivo com meu Vascão,  procuro as boas lembranças,  que são muitas, e procuro ser feliz com elas.

Estamos na segunda divisão em 2016, mas com um time de primeira. Com fé, esperança e a garra desse elenco maravilhoso iremos voltar para onde nunca deveríamos ter saído: A primeira divisão. Sempre.

Um abraço e saudações vascainas.

Sebastião Monteiro

Colinas - Maranhão.