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Saudações vascaínas,

Ontem foi um daqueles jogos memoráveis, não pela técnica ou por ter sido um jogão, mas pela importância de nossa equipe ter mostrado poder de reação e ter saído dele com a vitória e com moral. Sim, é possível sair perdendo um jogo e chegar ao final dele com a vitória, coisa que o Vasco parecia não saber ao longo desse campeonato.

Mas, foi mais memorável ainda por termos saído da sensação de “nada dá certo hoje” para de “Deus é vascaíno” em pouquíssimos minutos.

No primeiro tempo, o Vasco fez um jogo ruim. Apesar de ter bola nos pés, parecia não saber o que fazer com ela, e nossos principais homens de criação demonstravam uma letargia preocupante. Dessa forma, Leandrão e Jorge Henrique praticamente sumiram de campo. Deu a impressão de que a derrota do meio de semana para o São Paulo pela Copa do Brasil havia cansado a equipe fisicamente e moralmente, e assim brecado a reação vascaína no brasileirão.

Não bastasse isso, o gol do falastrão falsário “Márcio Passos” Sheik cedo tratou de piorar as coisas.

Entretanto, para minha surpresa, se não vi o Vasco correspondendo em campo, nas arquibancadas a torcida tem mudado de postura em definitivo e não parou de incentivar. Sim, “somos boêmios sim senhor”, ganhando ou perdendo, e essa deve ser a postura de quem for ao estádio até o fim do campeonato! Show.

Voltamos do intervalo com a mesma formação, mas com outra atitude. Mérito do Jorginho não ter se desesperado e mudado a formação e desestruturado a equipe, como fez no meio da semana. Pelo visto, ao menos essa lição foi aprendida.

E aos 7 minutos, veio a bola do jogo.

A bola da virada.

Jorge Henrique acerta um cruzamento rasteiro perfeito e improvável, acha Leandrão na pequena área e ...

Como diria o narrador daquele clássico jogo do “Pato Branco” que virou viral disponível na internet : “Puta que Pariu pra fora!” ... Meu deus do céu!

Inacreditável F.C.

O famoso gol “esse até minha vó faria” chutado pra fora deu pinta de que ontem nada daria certo.

Mas, quem é vascaíno já aprendeu desde pequeno que tem que acreditar até o final.

Deus provou que é vascaíno e está com a gente nessa virada!

Poucos minutos depois, Rodrigo acertou uma daquelas faltas do meio da rua que não acertava fazia tempo. E em seguida o juiz nos deu um daqueles pênaltis que também não nos davam fazia tempo, ainda mais contra o Flamengo, o queridinho da mídia e da arbitragem.

Pênalti claríssimo diga-se de passagem, nenhum jogador de futebol profissional tem que subir pra cabecear uma bola com os braços abertos daquele jeito.

Pênalti convertido, gol do lutador mas já cansadasso Nenê. Apesar de ser peça fundamental do time, Nenê visivelmente já precisa de um descanso.

A sorte nos sorriu, o Vasco virou, e poderia até ter matado o jogo antes (nos contra-ataques) ao invés de nos matar do coração até o fim dos bizarros 51 minutos do segundo-tempo.

Vitória fundamental contra o nosso freguês do ano, e o jogo do próximo domingo as 11 horas da manhã contra o Avaí, adversário direto na luta contra o descenso, se tornou de vida ou morte para o milagre.

Numa boa? Podem reclamar, mas vou expôr apenas uma opinião minha, e respeito quem pense diferente.

Acho que chegou a hora de ser realista e abrir mão desse jogo do meio de semana da Copa do Brasil e priorizar o milagre épico do Brasileirão cujas chances aumentam a cada dia. Não achava isso no jogo passado, mas, diante do resultado, as circunstâncias mudam ...

Sendo bem pé no chão, a probabilidade do Vasco meter um 4 a 0 no São Paulo é remota. E apesar de termos a reação do próprio Vasco no brasileirão para nos mostrar que pra nós nada é impossível, acho que preservar os jogadores já absurdamente desgastados como Nenê, Julio César, Rodrigo, pra ficar no básico, para o jogo do sol escaldante das 11 horas de Domingo não seria má ideia.

Seja como for, o Vasco é o time da virada, o Vasco é o time do amor!

E se no meio da semana, eliminarmos o São Paulo, com time titular ou com alguns reservas, na Copa do Brasil, Jorginho já merecerá uma estátua no lugar da do Romário.

/+ / Saudações Vascaínas ! /+/

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