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Eu não me canso de elogiar e também de aprender com Jorginho/Zinho.

Criaram um mecanismo, em que eles mesmos estão incluídos também, parecido com o que acontece em algumas grandes empresas. Você tem um sistema de trabalho onde cada um tem sua função, mas que não significa que um não saiba fazer a função do outro se necessário. Ou seja, repõe-se as peças dentro de um sistema que não para: funcionária A coloca o produto na máquina, mas mês que vem ela estará trocando com o funcionário B que é quem despacha o produto. E assim segue esse mecanismo onde os funcionários se revezam dentro de um sistema de trabalho.

Claro que no futebol, guardamos as proporções e não é possível fazer exatamente como o exemplo furreco que mostrei acima. Mas o que faz a comissão técnica do Vasco atual é meio parecido. Temos vários esquemas de jogo onde os jogadores chegam e são adaptados de acordo com a carência de cada posição e da necessidade prevista pelos treinadores.

Além da mão de obra (jogador), eles têm como ferramentas importantes o CAPRRES, na parte física e fisiológica e a CIA, na parte técnica e estatística. E ainda, eles mesmos, quero dizer todos da comissão técnica, são parte desse sistema que envolve ainda o lado psicológico, emocional, incentivador, orientador.

Quando o Vasco entra em campo, por mais que não apresente às vezes um futebol que agrade ao torcedor mais exigente, pelo menos tenho eu a certeza de que um trabalho sério e com planejamento foi feito. De que maneira? Todas essas "ferramentas", além de São Januário, claro, fazem própícias a variação de esquemas de jogo, a opção por um jogador que surpreenda o adversário em determinado momento, como foi com Vaz, só pra citar um exemplo mais claro, além de facilitar ao atleta a leitura do jogo como quer o treinador.

O mais importante, creio eu na minha modesta opinião, é que não se tem mais craques no mercado dando sopa. Quando se consegue um Nenê, por exemplo, é como um bilhete premiado de loteria. Por isso, a valorização do esquema tático, do conjunto, da união do grupo, da dedicação nos treinamentos e do jogador que está sempre ligado no quer e pede o esquema e o treinador. Jogador que se desliga, que tem preguiça de treinar, que faz somente o feijão com arroz do treino troca de roupa e vai embora, não está incluido nesse esquema e também não está nem um pouco preocupado com seu próprio futuro.

É assim que vejo o futebol do Vasco de hoje. Sem ilusões, sem enganações, mas sim, muito trabalho. 

Saudações Vascaínas!!!  


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