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Definitivamente, no momento, o Vasco é um time pequeno. Não pelo resultado do jogo contra o Avaí. Não por não conseguir fazer um golzinho sequer num timinho que jogou todo encolhidinho... Só pode ser coisa do Jorginho, do Zinho, do Andrezinho que reclamou dos times jogarem fechados contra o Vasco... isso é melhor nem comentar... Para registrar, no final do jogo ainda teve episódio de confusão com um sócio envolvendo o Euriquinho, que pelo visto puxou o pai e acha que o Vasco é o seu brinquedinho. Infelizmente, brincam de administrar um clube que tem um passado grandioso, um presente pífio e um futuro nebuloso.

Na verdade, o Vasco hoje é um time pequeno por diversas razões. Primeiro, os que administram o Vasco não sabem fazer marketing da marca do clube. O inimigo da Gávea sabe fazer muito bem isso: Qualquer jogador de ponta que aparece disponível no mercado, o Urubu entra na briga: sempre foi assim, mesmo quando estavam em situação financeira pior que o Vasco. Por outro lado, o Vasco, com exceção de 2011, sempre fez questão de dizer que está quebrado, que não tem condições, que tem que ter pés no chão... Não é questão de enganar, de dizer que tem o que não tem, mas a verdade é que o Vasco não está tão atrás assim dos demais clubes. Mas a imagem do Vasco hoje é muito ruim: se não paga a conta de água, vai pagar jogador? Se está tão ruim assim, que jogador vai querer ir para o Vasco? Quem vai querer patrocinar o clube desse jeito? E quando aparece na mídia para contratar um grande jogador, o presidente paga mico em rede nacional garantindo uma contratação que provavelmente foi acertada de boca enquanto o Ronaldinho tomava uma tequila em casa. E mais uma vez a marca Vasco foi exposta negativamente. Essa aí vai pra conta do nefasto.

Quando o Vasco ainda tinha cheirinho de time grande, o técnico Renato Gaúcho chorou no rebaixamento, disse que era o pior momento da vida dele, que ficaria marcado... ALguém viu uma declaração desse tipo do Dorival Jr. em 2013 ou do Celso Roth em 2015? Não, porque no conceito deles, não tem nada de anormal. Na década de 90, quando o Vasco perdia em sequência para times da série A, era uma crise sem tamanho. Quando era eliminado para o Baraúnas, era uma tragédia. Hoje pararece que nos acostumamos a ir para a Série B, a perder para Náutico, CRB e Paysandu, empatar com Sampaio Corrêa e Oeste e está tudo certo. Ficamos tristes, mas não passa disso.

Infelizmente, nós torcedores já nos acostumamos com o novo Vasquinhozinho. Quem não se lembra da Copa João Havelange de 2000, quando o Vasco perdeu de 4x0 para o Flamengo, mas depois foi campeão brasileiro? Sinceramente, preferia ser freguês do Urubu e ser campeão da Libertadores, a estar 10 jogos invictos contra os rivais disputando a Série B. Mas parece que alguns ostentam a recente freguesia do time da Gávea, enquanto eles brigam pelo título da Série A e vão à Libertadores ano que vem. Em 1998, eu tinha 15 anos e chorei quando o Vasco perdeu para o REAL MADRID quando jogava muito melhor e merecíamos ser campeões mundiais. Na época, dominamos um time que tinha Ilgner, Roberto Carlos, Seedorf, Morientes e Raúl. 18 anos depois, sofremos com Renan, Pimentinha, Luidy e Junior Viçosa.

Aos trancos e barrancos, acho que o Vasco sobe. E ano que vem desce de novo. Não importa que contratações sejam feitas, ou qual seja o técnico: o pensamento do Vasco hoje é que ele tem que se contentar simplesmente em não descer. E é aí que desce. Quando um time entra pra ser campeão, ele tem grandes chances de não ser, mas pode ser. Quando um time entra pra não ser rebaixado, tem chances de não ser, mas pode ser. Pura Lei de Murphy. E enquanto isso, sofremos com a Lei do menor esforço. De dirigentes, técnicos e jogadores. Até o nosso Vasco implodir...

 


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