Acho, sinceramente, que não existe fórmula pronta que diga a hora de vender.
Há quem defenda que se deve vender até no sub20 pra fazer dinheiro.
Há quem estabeleça um determinado valor como "termômetro" pra vender.
Na minha modesta opinião, creio que não se deve esquecer de duas coisas: 1) a vontade do atleta. 2) o quanto ele poderá render futuramente em porcentagens para o clube. Afinal, a venda não acaba na primeira transferência, como antigamente era.
Acho que hoje em dia se queima os garotos muito rapidamente, sem nem esperar se vai virar jogador ou não. O Pec, por exemplo, é um exemplo de quase ter sido queimado pela impaciência.
Quero acreditar que, com Pássaro, essa impaciência tenha passado. Por que digo isso? Porque todos sabemos como o clube era, há pouquíssimo tempo atrás, o parquinho dos agentes e empresários e da pressão que eles exerciam sobre os dirigentes. O clube vendia mal, o garoto nem sempre saía satisfeito e perdíamos um ativo, cujo torcedor ficava se perguntando se daria jogador ou não, porque ele nem havia conseguido ver aquele atleta jogar.
Agora, com o Pássaro, a gente pode dizer que o "buraco é mais embaixo". Ele chama a responsabilidade pra si e vai fundo na análise pra saber o que vale a pena pro clube e pro atleta.
Como torcedor, eu quero que o Vasco atinja o nível de vender o atleta depois que ele despontar no Vasco. Por outro lado, olhando a situação financeira do clube, eu prefiro acreditar em alguém capacitado como o Pássaro, para definir a hora certa para fazer a venda.
Eu fico triste de ter que ser assim, mas infelizmente, estamos pagando pelos erros antigos da administração do futebol brasileiro em geral, bem como do próprio país. Amadores no futebol e enganadores na política.
E ainda reclamam quando a gente pede pela moralização do futebol pelo menos...