Chegamos a 34 dias sem vencer, mas continuamos na mesma posição no Brasileiro e na semifinal da CdB.
Para quem só brigava pra não cair há anos e anos, é sinal que uma evolução existiu.
O fato de fincar a bandeira na série A, lutando contra todas as dificuldades internas e externas por longo tempo, já é uma evolução. Futebol não faz com mágica. Administrar futebol, muito menos.
Se tivéssemos o mesmo treinador do ano passado, não estaríamos com perspectiva nenhuma porque, apesar de bom treinador, Don Ramón só funciona com contratações caras e assim mesmo, com riscos.
Hoje, o Vasco tem um treinador que pensa o tempo todo no próximo passo, mas sem deixar de pensar jogo a jogo. Trabalha com o que tem e valoriza cada atleta. Já implantou sua filosofia. Os atletas já assimilaram. O que falta então?
Falta executar errando o mínimo possível, principalmente o que dá movimento ao jogo que é "o passe". Elemento básico e pouco valorizado no país onde se vê garotos da base com dificuldade nesse fundamento por todos os clubes. Isso não vem de hoje. Porém hoje é que sentimos muito mais essa realidade porque estamos novamente numa fase de transição e precisamos de todos. E é aí que os erros vão aparecendo. Mas o time se supera e tem momentos de lucidez a ponto do adversário ficar procurando a bola. Porém, no primeiro erro de passe volta o risco de tomar o gol.
Para trabalhar o passe, não existe mágica, existe trabalho. Individual e em grupo. O atleta dedicado treina passe até sozinho.
Antigamente usava-se a expressão "dormir com a bola". E é bem por aí. O atleta tem que "dormir com a bola" até que o passe seja tão natural como o de Ronaldinho Gaúcho, até sem olhar ser capaz de acertar.

E se esses jogadores não mudarem de atitude o jejum vai continuar. A situação é mt preocupante. Que jogo horrível e vergonhoso.