Cai o homem e a história fica. Eurico foi forte e determinado. Certamente vascaíno. Seu orgulho ajudou em muitas conquistas mas também trouxe inimigos poderosos. Sua arrogância impunha poder aos demais clubes, mas também trouxe deles toda e qualquer sentimento de alegria quando fracassávamos. E fracassamos muito. A antipatia nos gerou perdas de patrocínio. Afetamos significativamente a nossa imagem. O vasco é grande. Ainda representa a segunda maior torcida do país, mas os torcedores já não se empenham tanto em participar da vida no futebol. A imagem está arranhada. Ainda tivemos 3 rebaixamentos. Isso leva tempo pra consertar, se consertar, e certamente deixaremos de ser a segunda maior toricda nesse processo. Contudo o Eurico, acertando e falhando, lutou pelo vasco e seu erro poderia ter passado por qualquer um de nós que criticou. Muitas vezes nosso presidente foi torcedor. Deixou de ser político e foi torcedor. Isso foi o maior erro de um presidente de clube. O auge e divisor de águas foi ter visto o emblema de emissora concorrente numa final transmistida pelo seu maior aliado até então. Foi desnecessário. Foi coisa de torcedor. Depois disso, o clube que levantava público até em sambas enredo, conheceu a lama e a escuridão. Outro erro fulimante causado pelo seu orgulho foi as derrotas em candidaturas à presidência e os vetos que ele fazia para prejudicar administrações e se justificar. O presidente que aí está não tem culpa mas está lá agora por uma de suas últimas lambanças motivadas por orgulho. Foi derrotado pela oposição e conspirou para que ela não assumisse. Se não bastassem todas essas confusões, cargos políticos públicos para ajudar o vasco, diversas acusações de roubo de renda e desvios, ajudaram ainda mais a temperar e conceituar o personagem de suspensórios e charuto no canto da boca. Assim como Getúlio Vargas, Hitler e outras lideranças, cravou sua marca na história e será visto como herói e vilão ao mesmo tempo. Agora com a vida ceifada, que se vá em paz e que seu espírito encontre o melhor caminho pra si. À família fica a dor de perder um pai, um avô. Aos vascaínos a gratidão pela sua participação nos títulos e o perdão genuíno de quem obviamente conviveu com o presidente de clube mais famoso no mundo.
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