Excelente entrevista, sem feminismo militante, mas com alto grau de feminilidade responsável, diferentemente do que se vê em alguns programas globais, nos quais nota-se algo extremamente forçado. Com relação a questão exclusiva do Vasco, talvez o Campelo não tenha sido sutil como deveria em suas explicações sobre as pretensões de futuro e por isso, a questão política tenha se sobressaído nesse início de gestão, de forma depreciativa no tocante a sua imagem. Claro que, há necessidade de se conhecer cada realidade para opinar, mas sabemos que politicamente, o deslize é interpretado como fraqueza e não como uma oportunidade e por isso seus opositores tenham se aproveitado para incutir no interlocutor, a imagem de traidor. Pra mim, do Eurico ao Brant, todos pensam em projetos pessoais comitente com o projeto do clube, e é aí que a coisa complica. Brant, é Campelo são incógnitas, mas o Eurico foi realidade, assim como o Dinamite, o Calçada entre tantos outros, e por ter sido realidade, é forte a sensação de que os erros se sobressaíram em detrimento dos acertos, até pela questão da Gestão Financeira, que deixou muito a desejar. É bom que se frise que a questão financeira é primordial, tanto que todo os clubes que saíram de uma situação vexatória no futebol, tiveram primeiro que se acertar financeiramente, e isso o Vasco devia ter experimentado na primeira queda para a segundona, e infelizmente, veio a segunda, a terceira, e de nada adiantou, não houve acerto. Agora, inclusive diante de um erro estatutário que tem que ser consertado (a posse em janeiro do presidente), a torcida, os sócios, não tem paciência de aguentar um ano de aperto, um ano sem títulos, fazendo apenas o básico, para ressurgir depois com uma estrutura financeira minimamente aceitável para os padrões do futebol atual. Cabe portanto, as sócios e a torcida, fazer opção, uma delas, dar crédito à diretoria no sentido de reestruturar o clube em um prazo necessário, ou ficar torcendo por um clube falido e sem nenhuma perspectiva de futuro?