"Mais do mesmo"

A conturbada eleição ocorrida em meados de 2014 nos trouxe o prejuízo que presenciamos nos dias de hoje. Não necessariamente pela chapa vencedora ser a que foi, mas claro que a referida não está isenta de culpa.
Tivemos um pleito marcado pela corrupção e ocorreu "mais do mesmo" que já estamos habituados (na política, na religião e no futebol). Uma eleição onde a parte vencedora fez apenas uma promessa - não cumprida, diga-se -, a de resgatar o respeito (o que seria isso? Vencer clássicos? Ganhar um Estadual? Ou fazer uma campanha medíocre no principal campeonato?) enquanto as partes derrotadas levaram consigo a esperança de milhões por uma gestão profissional à frente do amado clube.
Falta-nos planejamento, não se montou um time na pré-temporada. Algo que presenciamos foi o apadrinhamento de jogadores fracos que receberam uma nova oportunidade na carreira. Em um elenco com mais de 40 jogadores, é de surpreender que um titular seja oriundo dessa política ultrapassada (Bruno Gallo, com méritos próprios e do técnico que o bancou).
Para nos livrar da Série B 2016, outra promessa foi descumprida: o teto salarial. Não questiono a contratação do Nenê, Andrezinho, Leandrão... Mas assumir um contrato relativamente longo com um atleta em decadência e psicologicamente abalado como Jorge Henrique, foi um erro. O clube hoje gasta o que não tem para gastar, e vemos a venha situação de atrasos salariais voltar. R$ 3,5 milhões para um elenco que ocupa a zona de rebaixamento é um exagero.
Resta torcer para que a temporada 2015 não se encerre da forma mais catastrófica possível e para que em 2016 não tenhamos "mais do mesmo".