Blogueiros

HOME > mariotorreiro

Se tem uma coisa que me vejo frequentemente a pensar, no que diz respeito ao futebol, é a dificuldade que os clubes, ditos grandes, brasileiros, tem de se impor aos mais fracos times que atravessem os seus caminhos, o que invariavelmente acontece, inclusive com os líderes do campeona nacional, e o nosso Vasco não se coloca, nem de longe, fora desse contexto, o que me entristece. 

Vamos ao que este pseudo colunista propõe como tema:

Nas quartas de final da Copa do Brasil 2016, o Atlético-MG sofreu, e muito, para eliminar o Juventude (da terceira divisão), nos pênaltis, ganhando o jogo de ida em Belo Horizonte por míseros 1x0 e pior, perdendo o jogo em Caxias do Sul pelo mesmo placar. Este mesmo Juventude, perderia três dias depois para o Boa Esporte, pela terceira divisão.

O Flamengo foi eliminado da Copa do Brasil pelo Fortaleza, ainda nas fases iniciais (não que não tenhamos gostado, rs), mas é importante analisar. Uns vão dizer que aquele Flamengo era bem diferente deste, ainda que seja o mesmo ano; então, baseados nisso, me falem a respeito da eliminação pro Palestino (não que não tenhamos gostado 2, rs²), então 11º colocado no campeonato chileno. 

O Palmeiras, tão badalado, andou fazendo jogos bizarros e contando sim, com erros de arbitragem, para ganhar jogos de times muito mas muito fracos mesmo, como Coritiba e Sport, e jogando na sua casa. Dentre tantos e tantos outros exemplos que poderia utilizar.

A questão é a seguinte, salvo a opinião dos malas (sempre tem), que vão dizer: "há mas o Manchester foi eliminado por um time da quinta divisão inglesa" ou coisas do tipo para tentar fortalecer a excessão como regra, os times grandes brasileiros não se impõe como tal. Cite um time qualquer da espanha e coloque-o para enfrentar o Barcelona ou o Real Madri pela Copa do Rey e me diga o que acontece, 7? 8? até 10x0? Bem por aí. Sabia que coisa parecida já aconteceu no Brasil, e era a regra, não a excessão, pergunte a seus avôs, tios, pais. Pergunte por exemplo, o que o Santos de Pelé faria com o Juventude. Vascaínos mais jovens podem te falar do 8x0 no Picos-PI, pela Copa do Brasil, com nosso timaço de 98.

Acho que o que falta é um pouco de arrogância, um pouquinho só, pra dizer (agora puxando a conversa pro nosso lado): "Olha, Avaí, eu sou o Vasco, você que se vire pra não voltar pra casa com a sacola cheia".

Antes que outros malas cheguem e digam: "Você tá louco, quer comparar os times de Barcelona e Real Madri com os times brasileiros?" eu mesmo farei um favor em prol deles e estabelecerei um princípio de proporcionalidade, vamos lá:

O Galo tem que meter 3 ou 4 no Juventude em Minas e acabar com a história, o Flamengo tem que ganhar o Fortaleza lá no Ceará, bem e não ter jogo de volta (mesmo que nós vascaínos não gostemos deste enredo) e quanto ao nosso Vasco, o Vasco que eu amo e espero ver de volta, não aceito nada menos que 100 dos 114 disputados na série B ( se o Cruzeiro foi capaz disso na série A 2003), por que não o Vasco na segundona? 

Posso ser exigente, posso estar esperando demais de um decadente futebol brasileiro e de um não menos decadente Vasco, mas pelo menos se pudesse ver isso de volta no futebol brasileiro, essa imposição pela camisa, ficaria feliz. Bom seria ver grandes se enfrentando como grandes e colocando os pequenos em seus devidos lugares, com uma surpresa (zebra) ou outra, pra manter a magia do jogo; mas jamais estabelecer a zebra como regra, como acontece no Brasil hoje, ou a cada rodada não tem uma?

 


Compartilhe: