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Quando o Vasco ganhou a partida nesse domingo eu me fiz uma pergunta que acredito que a maioria dos vascaínos se fizeram: posso comemorar? É uma pergunta difícil, mas, eu respondo.
O Vasco não tinha uma apresentação tão segura desde o último jogo da Copa do Brasil, quando empatamos com o Flamengo por 1 x 1. E sem dúvidas foi uma partida incomum, pelo que vínhamos apresentando no campeonato. Nenhuma divindade ou afim seria capaz de explicar a escassez de futebol que o nosso time vinha demonstrando. Posso afirmar pra qualquer um: esse sim é o time do Vasco. Esse é o nosso futebol. Qualquer crítico poderia facilmente constatar que o desempenho que vinha sendo apresentado não correspondia ao nível dos atletas - sim, eu sou um desses que afirma que o elenco não é tão ruim quanto o dizem -. Eu sempre disse isso, mesmo quando os resultados foram desastrosos: futebol o Vasco tem. O jogo contra o furacão foi uma prova disso.
Onde estavam enfiados Julio dos Santos e Madson, durante todo esse tempo?! O Paraguaio e o lateral direito foram, sem dúvidas, de suma importância para a concretude do resultado. O que me parece bem claro é que, nas partidas ruins: ambos andavam meio cabisbaixos pelos gramados. Meio inseguros para tentar criar algo. Meio molengas. Meio ansiosos. Abaixo da crítica. Jogadores como esses aparentam necessitar de mais confiança que os outros. O Julio mostrou a qualidade do seu passe, que andava meio sumido, e o Madson, a sua habitual velocidade: mais do que isso, ambos apresentaram coragem para enfrentar o jogo.
Coragem que nos fez ganhar. O Vasco nem mesmo depois de fazer o primeiro gol, deixou de atacar. O Nenê se mostra fundamental nesse momento, e seu bom futebol, conseguiu fazer o jogo fluir no ataque. Bom toque de bola pelo meio, e um Julio Cesar bem melhor que o Christiano - como eu já havia destacado na postagem anterior -. A saída do Guiñazu nos fez bem. Apesar de considerar o argentino um exemplo de raça em campo, o que faltava ao Vasco era qualidade na saída, nada de chutões em busca dos nossos atacantes. A equipe soube, enfim, jogar uma partida, ser sólida e confiante na troca de passes - mesmo tendo se equivocado em alguns ataques, deixando a defesa exposta -. O jogo, no geral, se desenrolou como qualquer vascaíno pretendia: um gol no começo do primeiro tempo, outro no início da segunda etapa...um jogo sem maiores problemas, e uma vitória incontestável.
É difícil porém, como vascaíno, conseguir fazer leituras tão frias dos jogos. A partida para nós representou sim uma mistura de emoções e significados muito intensos. Uma gangorra de sentimentos. Essa instabilidade vem à tona quando paramos para analisar, claro, o campeonato como um todo. Ainda estamos na lanterna mesmo tendo ganhado duas partidas. As chances matemáticas são absurdamente cruéis, porém:
Os jogadores não podem esquecer que nessa escada, demos o primeiro passo agora. A grande disputa do Vasco vai ser contra ele mesmo. E para cada jogador não será diferente.
A vitória, ela deve ser sim comemorada, da forma correta. O brasileirão costuma ser cruel, e assim tem sido conosco. Então o nosso time precisa ser maduro o suficiente para entender que a partida que passou deve ser totalmente apagada, e a vitória só servirá de força motriz para ganhar o próxima. O Vasco vai precisar de muita força. E mais do que isso, vai precisar se adequar a cada jogo, porque temos de pontuar incessantemente.
Amanhã encaramos o Cruzeiro em Minas, e eu volto a minha sensatez: nada de cálculos nem especulações após nem antes da partida. Acredito, sim, que é uma partida menos difícil do que tem se falado. Bem pelo contrário do que comentam, acho que essa é uma disputa bem mais favorável ao Vasco do que foi a anterior. Entraremos para jogar no contra-ataque. Tendo uma defesa sólida e um ataque equilibrado termos condições de fazer uma partida de igual para igual. O jogo, porém só terá valor motivacional se for ganho, aí sim será a prova de fogo de que nosso time está vivíssimo na briga (mesmo serve para o empate). Depois desse jogo podemos pensar no próximo.
É corações, o nosso caminho é árduo, mas somos Vasco da Gama. O time da virada. Não é possível, pelo menos para mim, se apegar a previsões, o que é possível é torcer muito, a cada partida. Que tal torcermos mais um pouco amanhã?
Saudações vascaínas.
obs: Discordo plenamente das vaias ao Riascos. Cujo também me parece ser um jogador que precisa de apoio, isso sim. Eu vi o quanto ele brigou, e o quanto estava incomodado com sua situação. Psicológico é fogo. Vamos apoiar o nosso jogador, porque aí sim, ganharemos mais um brigador pra nos ajudar.
#TamoJuntoRiascos
