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Amigos vascaínos,
Pudemos perceber que neste campeonato brasileiro de 2015 houve divisor de águas na campanha do Vasco. E ela se deu justamente no momento de maior humilhação que passamos nos últimos anos (como se já não tivessem sido o bastante até então). Me refiro à goleada sofrida diante do Internacional, no estádio do Beira Rio, na 22ª rodada. Uma das maiores goleadas da história do nosso time, doeu na alma e foi fruto de uma campanha até então desastrosa, foi o fundo do poço. Como seguir em frente depois disso? Desacreditados pela imensa maioria da torcida, ridicularizados por torcedores rivais, imprensa, condenados ao rebaixamento pelos matemáticos. Como juntar os cacos depois disso tudo? Pois bem, é aí que se separam os homens dos meninos, quem é grande de quem não é. No jogo seguinte, contra o Atlético mineiro, no Maracanã, mudamos a postura e nos mostramos competitivos, perdemos, mas conseguimos ser competitivos diante de um time muito forte e em melhor momento que o nosso e o gol, mesmo que tenha vindo de pênalti e já no fim do jogo, quebrou um jejum de muitos jogos sem marcar, tirou um certo peso das costas do ataque. Foi importante. Acredito que ali surgiu uma pequena faísca, uma chama de esperança se acendeu. A partir daí, conseguimos arrancar, com muito esforço, uma sequência de resultados positivos, a começar pela excelente vitória sobre a Ponte Preta em Campinas, e começamos a contrariar todas as projeções negativas e nos permitimos voltar a acreditar. Não acho que a torcida tenha que ter uma fé cega e incondicional no time, ao contrário, acho que o time tem que fazer por onde ter o apoio da torcida. E foi isso que se viu nesses jogos. Não “escolhemos acreditar” sem motivo algum, salvo uma minoria de abnegados torcedores, mas de uma maneira geral, falando pela grande maioria da torcida, vem sendo o time que está fazendo com que acreditemos e é dessa forma que acontece a sinergia, a mágica, e nos tornamos maiores, passamos confiança para quem está lá dentro nos representando e isso só tende a aumentar, como de fato vem acontecendo, reflexo dos públicos cada vez maiores nos estádios. O fato é que o Vasco ainda não me convenceu, e tenho certeza que minha opinião coincide com a maioria da massa, de que tenha forças pra sair dessa situação. Não temos mais margem para erros. Em detrimento à questão das arbitragens, que abordarei no próximo post, não podemos mais tolerar erros de escalações, esquemas táticos conservadores demais (pra não dizer covardes), falta de ousadia, não se impor diante do adversário. Não vou nem entrar na questão da fragilidade técnica do elenco, pois temos que nos virar com o que temos no momento e sinceramente, se não temos jogadores pra estar no topo da tabela, também não acho justo estarmos onde estamos, aquém das nossas possibilidades. Nossa reação nestes últimos jogos foi um fio de esperança, mas precisamos mais que isso e se não houver esse algo mais do time, esse fio se rompe facilmente e todo o esforço até então terá sido em vão. Não quero ter a sensação de que nadamos, nadamos e morremos na praia. Sempre quando conseguimos esboçar uma reação, em algum momento chave, as coisas dão errado. Tomar um gol aos 40 minutos do segundo tempo contra o Avaí, aceitando a pressão do adversário, depois de ter feito um primeiro tempo bastante superior, foi inaceitável. O jogo contra a Chapecoense não teria 26 mil torcedores no Maracanã, e sim 60 mil! E aí, amigos, a confiança já estaria lá no alto entre os torcedores e isso tudo passaria para os jogadores. Acho que veríamos um time mais ousado e não teríamos o desprazer de ver o time jogando de forma tão burocrática e ser castigado no fim, mais uma vez, por um time no máximo regular, como a Chapecoense, mais uma vez destacando, sem entrar nos méritos da arbitragem. Foram dois jogos dos ditos de seis pontos, que não conseguimos aproveitar e espero, sinceramente, que não façam falta no final, pois teremos e muito o que lamentar. Está cada vez mais difícil “escolher acreditar”.

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