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Vamos tentar fazer uma breve análise do comportamento do time do Vasco sob a direção do Jorginho.

Ao final de 2015, com resultados simplesmente ridículos, com chances insignificantes de livrar-nos do rebaixamento, ele consegue unir o grupo, elevar sua autoestima, e quase escapamos da degola.

Começamos 2016 com a mesma base e o time mantinha a mesma vontade, apesar de composto muitos velhos jogadores. A mesma sequência do ano anterior aconteceria, e seríamos campeões cariocas pela segunda vez, diante dos demais grandes times ainda em formação.

Vamos agora analisar a base humana à disposição do Jorginho e compará-la a dos demais concorrentes. Temos, primeiramente, que reconhecer a falta de qualidade das equipes que disputam a série B, com pouquíssimos jogadores que poderiam estar na série A, como também ter a consciência de que poucos dos nossos  teriam lugar nos principais clubes do país (ou vocês acham que Éder Luiz, Jorge Henrique, Leandrão, Júlio César, Júlio dos Santos, Rodrigo, Diguinho, Marcelo Mattos, William, Talles, Rafael Marques, Aislan, etc, teriam alguma chance de estar nos time que disputam o campeonato da série A ?).

Verifica-se que temos melhor qualidade que os outros times, se nos limitarmos ao padrão da série B, mas, em compensação, nosso elenco está envelhecido.

Comecamos o brasileiro, e nossos veteranos mantinham a condição física e continuavam motivados com a manutenção de uma longo série de jogos invictos. A qualidade das apresentações foi decaindo a cada jogo, mas conseguimos levá-la mais adiante, muito mais pela  mediocridade de nossos adversários, do que por nossos méritos.

Perdemos a invencibilidade e, com ela a motivação, ao mesmo tempo em que se exauria a energia dos velhos atletas,restando pouco mais do que nada a um time sem padrão técnico definido, até mesmo porque sem movimentação intensa dos jogadores, não há como criar nada no futebol moderno. Vejam, por exemplo, a enorme diferença que hoje tem para o time a presença do Douglas. O menino é incansável , defendendo, armando, indo ao ataque e chutando a gol; comparativamente muito mais participativo que os outros companheiros de meio de campo.

Naquele ponto, Jorginho deveria ter feito as mudanças necessárias no time, abandonando sua posição conservadora, de teimosia e falta de coragem, para ir sacando, progressivamente, os velhos jogadores e lançando os jovens da base ou buscando fora os substitutos à altura.

Mas ele não o fez e, hoje, estamos diante do mudar ou mudar, não dá mais como justificar a falta de qualidade em todas as apresentações do time, com a desculpa de que continuávamos líderes. A vaca está com muita fome e doida para ir correndo pro brejo. Jorginho tem que colocar sangue novo em campo, dar mobilidade e motivação ao time. 

Do outro lado, nós torcedores temos é que rezar para que ele nos mostre ter a competência  técnica, ainda não mostrada, para dar ao time um padrão de jogo definido, que, não só, nos leve à série A, mas também que possa construir a base para a formação do time de 2017, que tenha condições reais para romper definitivamente o ciclo vicioso, que nossos incompetentes dirigentes impuseram à imensa nação vascaína.

 


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