Priorizar competição, é coisa de covardes.

O Vasco vinha terrivelmente mal no Campeonato Brasileiro, mas fazendo o dever na Copa do Brasil. De 4 jogos para cá, o time engrenou, e nunca estivemos tão bem como agora. Jorginho, afinal, deu uma característica de jogo ao time. Ataca e defende com consciência e consistência. com um meio de campo pegador, sem deixar de ter qualidade no passe.

Sinceramente, eu já previa que tal aconteceria a qualquer momento com as chegadas de Andrezinho, Nenê, Jorge Henrique, Leandrão, e até mesmo Herrera. A despeito da idade, estando em forma, ainda produzem e muito, como estão demonstrando.

Tudo isso aliado a gratas surpresas. Quem esperava que Bruno Gallo estivesse jogando o que vem jogando? Que Júlio César, que para mim sempre foi bom jogador, de repente voltasse à forma? E a maior surpresa de todas – Rafael Vaz. Esse eu sempre o achei falho. Era só apertar, que confessava. Hoje, incrivelmente seguro, sai jogando de cabeça erguida, com passes longos, e quando apertado, não vacila, nem tem vergonha de dar um chutão para frente aliviando. O estilão lembra Dante.

Se Jorginho tiver juízo, coloca-o logo ali no lugar do horrível Serginho, e “tamu conversado.” Aliás – ainda não de todo. Manda “Rúlio” dos Santos fazer umas comprinhas em Ciudad del Este, e fixa logo Andrezinho de vez. Aí teremos sensível melhora na qualidade de passe no meio. Como já estamos tendo.

E não me venham com história de “priorizar” competição. Queria até, aproveitando o ensejo, saber quem foi o gênio que inventou essa história. Se não me engano, nasceu aqui mesmo no Vasco, não sei que ano. E virou praga no Brasil. Você vê timaços como Barça, Bayern, PSG, Chelsea, Real, disputando várias competições paralelas, e raramente dão descanso aos craques. E ganham tudo.

Negócio é colocar todo mundo. Com o condicionamento que têm hoje, só bota a língua de fora, quem já é cavalo paraguaio. Ganhar ou perder é do jogo. Que se perca, mas ali na rinha, dando a cara a tapa. Embora a História diga que as probabilidades de sucesso premiam muito mais aos corajosos, que aos covardes.