Verdadeiros torcedores, e os de ocasião.

Toda vida soube que existem torcedores e torcedores. Os verdadeiros, e os de ocasião. Mas isso ficou mais claro para mim no Campeonato Brasileiro de 97, quando fomos campeões. A cidade onde morava à época virou um alvoroço. Praças lotadas, passeatas, milhares de pessoas festejando. No outro dia uma vascaína comentou comigo que em tantos anos de torcedora, não sabia que o Vasco tinha tantos. Nem eu.

Leio aqui que no programa de Fátima Bernardes, Encontros, Flávio Migliaccio, ator e vascaíno, diz que, entre outros medos, um lhe assombra no momento – se ver junto a um zagueiro do Vasco desesperado dentro de um elevador quebrado, querendo sair da lanterna. Rs... Fátima, também vascaína, lamenta que Flávio venha falar de futebol. E completa – "atualmente nem jogo de peteca vejo mais. Não estou vendo mais nada."

Ora! Em momentos como o que estamos vivenciando, é justamente onde o torcedor tem que dar seu apoio. Vão dizer: dar apoio a essas barangas? Sim. Se o são, não têm culpa de estarem ali defendendo nossas cores. Antes culpem quem os contratou. E ainda em pleno campeonato rolando, sem planejamento, nada. E mais: tem craques aí. Poucos, mas tem. O que conspira contra, é estarem em fim de carreira.

E a maior idiotice: organizadas, ou não, clamando a todos para boicotarem aos jogos não comparecendo. Se o time à falta de técnica, também fizesse corpo mole, ai sim, se justificaria, mas não é o que estamos vendo. Estão se matando. E justamente por isso, os resultados estão aparecendo. Assim, como a qualquer momento possa ser que não, voltando ao mais do mesmo.

Sei que futebol sobrevive de vitórias. E principalmente times grandes, o qual o Vasco exemplifica. Mas nas derrotas é que se conhece o verdadeiro torcedor. E esses, infelizmente, não são maioria.

o