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Depois de mais uma vitória de nossa paixão, desta vez contra o Sport, num jogo que poderia até ser menos apreensivo do que foi, se não tivéssemos perdidos alguns gols incríveis, nos deparamos com uma euforia e ao mesmo tempo com uma ansiedade tão angustiante, por um lado a indiscutível melhora do time, o momento quase mágico, que fez brotar esperança até nos mais incrédulos vascaínos e céticos matemáticos, e por outro lado a dura realidade de, mesmo após termos conquistado 10 dos 12 pontos possíveis, nas últimas quatro rodadas, ainda estarmos a três vitórias, no mínimo, de sairmos da zona, isso tendo todos os resultados possíveis a nosso favor.
Isso torna o equilíbrio emocional, simplesmente impraticável, e nem sei se em nós torcedores isso seria aconselhável, não dá para não se desesperar se tivermos a frieza científica e dureza dos números. Assim como também não é possível não ter aquela inocência infantil de acreditar sempre num futuro melhor.
Acabamos vivendo num estado permanente de pensarmos como será: o dia depois do amanhã?!?!
Como estaremos após o jogo contra o Flamengo, com quantos pontos ficaremos depois de Avaí e Chapecoense!?!? Isto tudo é uma incógnita infernal, uma angústia, uma ansiedade de deixar qualquer coração em disritmia.
Na verdade o amanhã pode ser de uma grande catástrofe ou de uma superação jamais sonhada.
E enquanto torcida vive no dia depois do amanhã, temos que orar, rezar, pedir, clamar, para que o time siga em busca de um milagre, concentrando-se sempre no próximo treino, no próximo adversário e dentro do jogo, sempre em cada passo, em cada jogada, vivendo no limite extremo para que possamos realizar esta missão que já foi impossível.
A cada batalha, seja vitoriosa ou não temos que saber fazer o rescaldo, cuidar das feridas e projetarmos a próxima batalha, sabendo que tudo está em prol da glória final na guerra.
É imperioso que saibamos que o dia depois do amanhã nada mais é que 07 de dezembro, o dia após o último jogo do campeonato, a guerra estará terminada e será a hora do saldo, sabendo que nesta guerra, independente do resultado teremos baixas, cicatrizes perenes. Aos soldados que sobreviverem, a nós, restará reerguer o Vasco, assim como o Japão fez após a Segunda Grande Guerra, Hiroshima e Nagasaki, ou depois do Tsunami, Fukushima, os Estados Unidos após o Crack da bolsa.
Aos que precipitadamente me imputam ser pessimista, ou realista demais, registro desde já que ainda acredito, ainda farei o que for possível para vencermos esta guerra, mas é preciso saber que mesmo que não tenhamos outra queda, a guerra que é este campeonato brasileiro de 2015, nos deixará grandes derrotas e muito o que aprender, porque chegarmos a 16 derrotas em 27 jogos já é uma mancha em nossa história, por isto mesmo insisto que será preciso mais uma vez começar de novo, restaurar o Vasco, colocá-lo novamente na rota das glórias.
Mas uma coluna de torcedor, não pode nunca ser inscrita sem algo que nos acalente, nos faça sorrir, e pensando nisto, mesmo sabendo que o time deve descansar o máximo possível para o campeonato brasileiro, deixo aqui falar alto meu coração infantil e minha inexplicável esperança de comemorarmos ainda este ano mais um título, por isso o nosso próximo dia depois de amanhã deve sim ser a quarta-feira, um bom jogo contra o São Paulo para mantermos a confiança em alta e que seja a Copa do Brasil um Oásis em nosso deserto, um porto seguro em meio ao maremoto que estamos enfrentando, e que o Vasco saiba que, independente de tudo, no dia depois do amanhã eu estarei formando fileiras e empurrando o Vasco.

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