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Ontem aproximadamente as 14h30min vi a escalação do Vasco, me atemorizei. É isso mesmo o Vasco vai sem volantes para o jogo? Indaguei-me. Logo comecei a lembrar do jogo contra o São Paulo na quarta feira, que após mudança tática tomamos um passeio e temi por um fracasso.
Transcorrido todo o primeiro tempo, mesmo em desvantagem no placar a sensação era que essa escalação poderia perfeitamente ser utilizado mais vezes, a desconfiança sobre esse sistema caiu por terra. Nitidamente nossa troca de passe melhorou consideravelmente. Os jogadores buscaram o jogo no chão, sem ligações diretas, tentando trabalhar mais com a bola nos pés. É óbvio que um clássico desse tamanho nunca a técnica vai ser o tom da partida e sim à vontade, a gana e a raça, e isso de certa forma dificulta uma jogada mais trabalhada.
Com a virada o Vasco passou apenas administrar e sair na boa, e a partir dai contamos também com a inoperância rubro-negra. Os três pontos ajuda-nos a sacramentar aquilo que todo Vascaíno já sabia, que estamos às portas da maior virada de todos os tempos.
Minha única preocupação é que esses testes que o Jorginho está fazendo é em jogos muito difíceis. Mas gostei muito dessa formação, acredito que possa ser muito útil, se muito bem treinado, essa paralisação para as eliminatória poderá ajudar muito nisto.
Raios-X
Martin Silva – Seguro sempre que exigido, foi pouco exigido diga se de passagem, não teve culpa no gol.
Madson – Nesse jogo sua vontade e disposição na marcação compensou sua incapacidade de cruzamento.
Luan – Pela milésima vez digo, se jogar sem achar que é igual ao Baresi vai longe.
Rodrigo – É aquele zagueiro que todo atacante odeia, dessa vez a vítima foi o Guerrero, que não viu a cor da bola. Liderança absurda, vontade inacreditável e premiado com um gol.
J Cesar – Atuação padrão J. Cesar, não trepa nem sai de cima, burocrático não apoiou, mas, também não comprometeu.
Bruno Gallo – O “comum” é um daqueles jogadores que não jogam para torcida, mas sua vontade, dedicação, correria, marcação impressionam quem analisa razoavelmente um jogo de futebol. Longe de ser craque é um carregador de piano que vai longe. (ver post anterior falando sobre ele).
Andrezinho – Subindo de produção a cada jogo e se reinventando para o futebol. Ontem com a obrigação de marcar, foi um dos maestros do meio de campo.
Júlio Santos – Outro dos “másters” que jogou muito bem, sua raça, vontade e aplicação compensaram nesse jogo sua lentidão, que é a sua marca.
Nenê – Simplesmente mágico, sua comemoração mostra o quanto ele está empenhado e ser a estrela da virada. Até eu me emocionei ao vê-lo externar a sua emoção.
Jorge Henrique – Como sempre muita disposição, mesmo voltando de contusão, marcou, correu, brigou e compensou a falta de velocidade do Rafael Silva com muita aplicação e dedicação.
Leandrão – Outro achado entre tantas contratações bizarras esse ano, um centro avante nato, brigador, tem muita visão de jogo, valeu muito essa contratação.
Lucas, Vaz e Guina – Pouquíssimo tempo para avaliações entraram como disse o Jorginho apenas para ganhar tempo.
Jorginho – Notoriamente o Vasco perdeu tempo com Roth, um técnico que está crescendo junto com o time, e merece participar dessa que para nós será a maior virada (postaremos sobre ele futuramente).

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