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Caros amigos, após o clássico de ontem não dá mais para esconder a existência de várias rugas de preocupação com o início da temporada do CRVG e o seu transcorrer no ano de 2017.

 É certo que estamos no ínicio de um trabalho novo. Também é certo que os reforços ainda não estrearam( não considero o Escurdero propriamente um reforço). O clube ainda está contratando e bla blá blá.... Tudo isto eu já ouvi e até concordo que são argumentos para justificar esse início instável. Como pretenso analista de futebol até acho que deveríamos ter paciência com o time, com o treinador, com a diretoria, enfim, acho que a montagem de um grupo vencedor demanda tempo. Mas como pedir paciência para uma torcida enorme, acostumada a vencer, a comemorar títulos, totalmente vilipendiada por três rebaixamentos em menos de oito anos e por vexames atrás de vexames? Como pedir que está torcida tenha resignação, se ano após ano vê o time se arrastando, jogando mal, sem padrão, sem o mínimo de organização e com alguns jogadores que não tem condições de jogar no CRVG? 

Analisando o jogo de ontem chego a conclusão que o time continua com os mesmo defeitos do ano passado acrescidos de outros ainda mais graves. O Vasco ontem foi derrotado por um time comum que tinha apenas juventude e organização tática com um treinador inteligente. A juventude do meio campo do Flu engoliu o lento meio campo vascaíno. Para piorar, a falta de um ou mais jogadores de proteção a defesa deixou os zagueiros do Vasco em desvantagem numérica em relação ao rápido ataque do tricolor. A organização do time de Abel aliada a total desorganização do time do Vasco fez em alguns momentos o jogo parecer que se desenrolava entre uma equipe profissional e outra amadora. A equipe do Vasco com as linhas distantes é presa fácil para qualquer defesa meia boca. Enfim, o que era ruim, agora parece que piorou. O time melhorou a produção ofensiva no segundo tempo com a entrada do Guilherme, que com sua juventude criou algumas jogadas pela direita e ajudou na recomposição do time. O Ederson deu um pouco mais de movimentação, sem ser brilhante, diga-se de passagem. Contudo, no afã de descontar o time se abriu mais ainda e só não levou mais por que Martin Silva é um grande goleiro.

Verdade que não podemos crucificar ninguém por um jogo. Mas creio que o problema no Vasco vá além de jogadores e esquemas. O Vasco se acostumou a ser coadjuvante. Deixou o protagonismo de lado. A imensa nação vascaína não tem mais um pingo de paciência com o time, com a diretoria com o treinador e deixou de apoiar faz tempo. Mas a culpa não é do torcedor. Esse está cansado de sofrer nas ruas, nas rodas de bar, na pelada e todos os lugares onde se respira futebol. O torcedor não é bobo e enxerga quando as coisas vão além do mal resultado esportivo. O Vasco chegou a esse patamar por escolhas erradas, sejam elas por absoluta incompetência, sejam elas para satisfazerm projetos pessoais de quem está ou esteve à frente do CRVG.

De certo é que o Cristovão Borges, jogadores e Diretoria tem agora um desafio grande na tenativa de reconstruir o Vasco pela terceira vez.Tem que fazer que esse time, agregado de quem vai chegar, dê liga, jogue bem e consiga os resultados esportivos esperados, para então, reconquistar a imensa nação vascaína e fazê-la novamente jogar junto com a equipe, haja vista que a paciência da nação vascaína já acabou faz tempo.

Saudações vascaínas.

 


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