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Caros amigos,

O Vasco nos últimos anos vem se especializando em viver sobre uma constante zona de turbulência, quer no aspecto esportivo, quer na sua famigerada política interna. A paz definitivamente não é a palavra mais comum pelos lados de São Januário.

Após o deprimente quebra-quebra proporcionado por alguns indivíduos que me recuso a chamar de torcedor, a vida do Vasco no campeonato brasileiro ficou mais complicada. Em que pese a posição confortável na tabela, principalmente, com relação ao primeiro objetivo do gigante da colina que é manter-se na primeira divisão, o ambiente na Colina está longe de ser dos mais favoráveis para dar tranquilidade ao time de futebol seguir com o trabalho. A confusão no clássico contra o maior rival expôs o clima de guerra que existe entre a situação e um grupo de oposição e expôs uma divisão nas arquibancadas dentro da maior torcida organizada que vinha resultando tumultos anteriores( vide jogo com o Corinthinhas) e que culminou na batalha campal que levou a interdição de nosso estádio.

Para piorar, hoje a tarde, o STJD tirou o mando de campo do Vasco por 06(seis) partidas, obrigando o Vasco a jogar a 100 Km de sua sede, o que sem dúvida gera um prejuízo técnico ao time que vinha fazendo bem o dever de casa e talvez financeiro, porque praças como Volta Redonda ou Macaé, p. ex, não costumam levar grandes públicos ao jogos por lá marcados. Caso Eurico leve os jogos para Manaus, p. ex, deveremos ter casa cheia mas o desgaste físico das viagens pode sem dúvida afetar o rendimento do time. Ou seja, aquilo que se desenhava como céu de brigadeiro, virou uma tempestade com direito a aqueles solovancos na aeronave que só quem já enfrentou em um vôo sabe descrever. Assim, como nos últimos anos, a vida do torcedor do Vasco deve voltar a ganhar contornos dramáticos a não ser que o elenco se supere e ultrapasse essa turbulência sem maiores danos. Oxalá que isto aconteça.

Não posso deixar de comentar a venda do nosso principal jogador no time. Em que pese o fato do Douglas Luiz ser hoje o principal jogador do Vasco, não dá pra recusar uma proposta de quase R$ 50 milhões de reais no atual estágio das combalidas contas vascaínas. Muitos acharam que a venda foi por um valor baixo e outros diziam que o Presidente não deveria ter vendido e bancado ele no elenco. Contudo, apesar da perda técnica acho que a venda foi acertada. O clube vive um estrangulamento financeiro e não dá pra imaginar que os salários estariam em dia até o segundo semestre sem que o Vasco fizesse dinheiro com a venda de um jogador. Se pararmos para pensar o valor pago é aproximadamente 04 vezes o valor do patrocínio assinado com a CEF que é o nosso patrocinador master. Futebol é assim. Se você tem dinheiro contrata. Se você não tem vende. Cabe ao Vasco se organizar para voltar a ser um clube que contrata e não o que forma o jogador e vende.

Finalizando, apesar de toda a confusão, ainda acredito que se derem paz para o Milton trabalhar, com a mescla dos garotos da base e de outros experientes do elenco temos tudo para continuarmos fortes no campeonato. Terminando o primeiro turno bem posicionado e começando o segundo turno bem poderemos até sonhar com uma vaga na Sula, isto é claro se o cacique e os aspirantes a cacique de São Januário deixarem.

Saudações Vascaínas.

Que venham os bambis.

 

 

 


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