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Confesso que fica cada vez mais difícil escrever sobre o nosso Clube. No artigo anterior abordei a política interna do Vasco, na visão que tinha sobre a atuação da atual diretoria administrativa. Afirmo que o fiz com relutância e muita contrariedade posto que um sentimento de muita revolta e repugnância tomou meu coração vascaíno após o nojento golpe que os maus vascaínos deram para assumir o poder, contrariando o desejo dos “sócios honestos” que deram a vitória à coligação liderada por Julio Brant.

Predispunha-me ao final do artigo cumprir a promessa de abordar em próximo blog a minha visão sobre os Conselhos Deliberativo, Fiscal e de Benemérito. Porém, passados quatro meses, minha interferência ficou cada vez mais complicada, porque, em primeiro lugar minha proposta ao escrever neste site era comentar os assuntos internos do clube, ao invés de limitar-me a comentar, apenas, o desempenho do time de futebol e sua trajetória na tabela de classificação das competições que disputava. Entendia que o futuro político e administrativo do Vasco precisava entrar nos eixos e trilhar caminhos retos e honestos, sendo os resultados esportivos uma consequência desse retorno às vias responsáveis e honradas da boa administração. Em segundo lugar, tudo o que vem acontecendo no Vasco acabou por jogar no lixo minha ambição porque o Vasco virou um pandemônio por culpa dos “nojentos que vivem do clube”, dos quais só podemos esperar o pior. Conseguiram promover a luta pela manutenção na primeira divisão como única prioridade administrativa do ano, posto que uma nova queda será catastrófica para o futuro do clube. Poderemos entrar num caminho sem volta (e sem dinheiro) para a elite do futebol brasileiro e enterrar uma das mais belas histórias de uma entidade social, criada em 1898. A memória dos fundadores do Vasco e de todos os amantes da entidade que vieram em seguida, que dedicaram seu amor ao clube, não merecem o que os aproveitadores estão fazendo.

Infelizmente me vejo batendo na mesma tecla. Por dever de ofício, me obrigo a rever minhas opiniões anteriores, para na cair em contradição, posto que uma das coisas que mais prezo é a coerência. Revejo minhas opiniões anteriores e constato que perdi muitos anos comentando as mesmas coisas, o que me deixa contrariado e deprimido, por perceber que o Vasco continua o mesmo... É revoltante perceber que não evoluímos e que, ao invés de caminharmos para frente, andamos, ora para o lado, ora para trás. Neste ponto temos um time fiel ao que parece ser a missão das últimas administrações: regredir.

Quando falamos de Vasco, a emoção aflora e a racionalidade desaparece. As conversas escorregam para a ladeira da comoção. Com certeza há interesses escusos por detrás dos montes cruzmaltinos. É impossível que um clube à beira da insolvência exerça tanto fascínio sobre as mesmas moscas de sempre.

Eurico e sua turma nefasta (família, beneméritos, candidatos a beneméritos, puxa-sacos e interesseiros) e Monteiro com sua turma de políticos, politiqueiros e mercenários, gravitam em torno do prato de comida como se por debaixo desse pútrido banquete houvesse um pote de ouro. Não posso tirar outra conclusão quando analiso as ações destes indivíduos, tão avessos à transparência, tão egoístas, individualistas, autoritários e contrários a qualquer tipo de avaliação de suas ações. Algo há de haver por detrás dessa resistência. 

Podem dizer que deixei  algumas pessoas de fora desta avaliação. Alguém pode questionar por que não incluí o atual presidente nesta lista ou por que mantive de fora o vencedor nas urnas, Júlio Brant. Simples: Campello é um zero à esquerda, sem sustentação  política desde que rompeu com o ex-companheiro de chapa (após o resultado das urnas) e envolveu-se em um misterioso conluio para assumir a direção do clube. Posteriormente rompeu com  o grupo de conselheiros que o colocou no trono e precisa fazer acordos, conluios, acertos e tudo mais que lhe permita manter-se no cargo. E ele sabe que fazer acordos com o diabo (ou a turma do tinhoso) tem um preço. Por enquanto, o Vasco tem pagado caro esse preço. Campello sabe que uma nova queda para a segunda divisão seria debitada, com certeza, à sua trágica administração. 

 Quanto a Brant, esse ainda é um mistério porque nunca mostrou, claramente, as cartas que possui, seja por medo de perdê-las, expor os parceiros ou, simplesmente, porque não as possui.

Na verdade, uma administração de Brant é um mistério, já as de Eurico foram um desastre do ponto de vista de transparência e correção, a de Monteiro seria mais do mesmo e a de Campello é um eterno e trágico recomeço.

Para mim, Roberto Dinamite continua sendo um dos maiores ídolos como atleta do Vasco e que, se como dirigente deixou muito a desejar, teve, ao menos, a hombridade de se afastar do prato de comida que tanto atrai velhos, jovens, velhacos, anciãos babões  e até siberianos aproveitadores que, por razões ocultas, tal como moscas em torno de um prato de comida, não se afastam do clube.

Termino este blog com alguns adjetivos que nos fazem muita falta: DIREITO, DIGNO, DISTINTO, HONRADO, ÍNTEGRO,  PROBO, BOM, HONESTO, CORAJOSO, JUSTO, DECENTE, IMPARCIAL, NOBRE...

(Quanto ao movimento  vai e vem da justiça,  com relação à validação ou cancelamento das últimas  eleições, prefiro aguardar os próximos capítulos, pois cabeça de juiz é igual a...)

Sorte para todos os verdadeiros torcedores e

Saudações Vascainas!

 

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