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Vou pedir licença para divulgar aqui uma crônica que fiz para o meu humilde canal do Youtube. Sei que é longa, mas peço compreensão de vocês.

Uma crônica é uma opinião e não é um comentário comum que se faça espontaneamente numa live. Quando o Vasco vai jogar ou já jogou, a emoção flui naturalmente e não nos preocupamos com o palavreado. O assunto aqui merece concatenação de ideias e uso de uma lógica que não se aplica, necessariamente em uma live emocional. Como na maioria das vezes falo sobre assuntos relacionados à gestão do clube, o texto precisa ser confeccionado com mais rigor e ser objetivo. O que não significa que eu seja o dono a verdade, esteja cem por cento correto ou não mereça contraposição, pois sou defensor fervoroso do contraditório essencial em uma democracia. Mas esta é a minha versão do atual momento do Vasco.

Muito estranho: tenho acompanhado há anos o surgimento e o crescimento de canais na internet, falando de Vasco. Todos começaram bem pequeninos e a maioria deles, quase todos, falavam da realidade imediata, quase sempre sobre o time do Vasco, com vídeos e lives pré-jogo e pós jogo das partidas. Não demorou muito para todos correrem atrás de likes. Falar sobre um jogo é muito mais chamativo do que discutir a administração e a política do clube. Principalmente porque os times do Vasco dão pano pra manga, há muitos anos... Porém, discutir a estrutura do clube e, principalmente quem o está dirigindo e qual a ideologia que está por trás, não dá visualização, a não ser perto da eleição... e é por isso que vou falar sobre o que está acontecendo por trás do movimento de cooptação de influenciadores da rede, em favor de políticos que querem, e fazem, no Vasco, a mesma coisa que o movimento globalista faz no mundo todo: enganar os trouxas... ou seja, nós.

Primeiro preciso falar da imprensa. Não estranhem o que está acontecendo com ela, no mundo todo. Todos correm atrás da grana. E esse movimento, agora, está se espalhando entre os influenciadores digitais, utilizando, principalmente,  aqueles que possuem canais na rede.

É facilmente detectável que a maioria das pessoas que possuem canais de esportes, principalmente os que falam de futebol, são comandados (ou foram enxertados) por jovens, que em sua maioria compõem um grande grupo de analfabetos funcionais e, também analfabetos, literalmente falando. Os bons neste ramo que me perdoem, mas os considero a exceção que confirma a regra. Para os que se sentem ofendidos, sinto muito se a carapuça serviu.

Não estou nem aí para aqueles que me acusam de teórico da conspiração. Faz parte do globalismo desacreditar aqueles que batem de frente com eles. Os bons moços, tal qual os lobos em pele de ovelha, aparentam anjinhos até que são desmascarados. Os exemplos estão espalhados aos montes pelo mundo. E no mundo da mídia, então, são a grande maioria. Bons meninos, mas não pisem no calo do patrão que os sustentam.

Como não tenho intenção de doutrinar ninguém e nem converter aqueles que já estão extremamente contaminados pelo vírus da esquerda, continuo soltando o verbo, porque, apesar de estar na parte final da minha vida, tenho obrigação de defender meus filhos e meus netos contra essa nefasta doutrinação. Ainda acredito que a verdadeira democracia é formada por, pelo menos dois lados que se contrapõem com argumentos. Isso eu chamo de direito de opinião.

Infelizmente a esquerda não consegue conviver com isso. Experimente perguntar a um jornalista que não sabe o significado da palavra fascismo, qual o nome do opositor de Xi Jinping, na China, de Putin, na Russia, Kim Jong Un na Coreia do Norte, Maduro, na Venezuela, Raul Castro, primeiro secretário do PC de Cuba, Miguel Diaz, presidente de Cuba, eleito pela assembléia do PC cubano (ou seja, Raul Castro), etc...etc... etc...

Falei tudo isso para chegar ao momento sinistro que está acontecendo no Vasco. Os idiotas úteis e os mau intencionados só prejudicam o clube.  Por isso advirto aqueles youtubers que tem ajudado a pavimentar, rapidamente o caminho que pode levar um candidato endinheirado à presidência do clube.

Quando um político, mesmo que utilizando verba do fundo eleitoral, se elege, ele passa a dever favores a quem liberou a verba, normalmente a cúpula do partido, no mínimo. E quem é o partido e quem é a cúpula no caso da política vascaína? Não sejamos ingênuos... Senhores analfabetos funcionais ou escolares, usem um dos seus dois neurônios. Salvar o Vasco não é fácil.

Destaco entre os vários candidatos aquele, cujo nome não devemos pronunciar, porque é difícil mesmo, que em pouco mais de dois anos se colocou na mídia como a salvação para os males do Vasco.

Num clube falido e com uma torcida machucada que não desiste nunca, é até possível criar uma plataforma maravilhosa recheada de promessas, que repetidas com insistência até  podem soar como música para os ouvidos carentes de uma torcida sofrida.

As pessoas ouvem aquilo com tanta insistência e repetição que acabam duvidando da sua própria capacidade de duvidar do milagre. Exemplo: “vou trazer bilhões de reais...” “vou construir um estádio de X lugares...” “vejam o projeto...” “vou modernizar o clube...” “vou me cercar de profissionais de fora, muitos com sucesso em clubes mundialmente conhecidos...” “não vou colocar pessoas de má reputação no clube...”, etc...etc...etc...

Depois de eleito, qualquer desculpa serve para justificar o insucesso. Qualquer desculpa justifica ações, como colocar pessoas na administração para atender aqueles que os estão ajudando a dirigir o clube. “Preciso ter apoio para governar...”, seria a justificativa.

Lembram do fundo eleitoral? Pois é, nas eleições populares, o dinheiro vem dos fundos eleitorais, ou seja, de nós. E de onde vem o dinheiro investido nas eleições do Vasco? Dos sócios e torcedores? Talvez nem tudo, mas depois o vencedor tem três anos para se reembolsar. Mudando de assunto (mas nem tanto), o atual presidente deve estar arrependido de não ter vendido o Talles, não é?

Outra tática para vencer eleições são os tais acordos e os conchavos realizados à beira da eleição. São acordos onde alhos e bugalhos se declaram apaixonados, até que a primeira briga os separe.

Outra tática muito usada no Vasco é a de reduzir a quantidade de eleitores. E principalmente se alguém tiver construído um curral eleitoral sobre seu controle. E se eu bloquear o acesso dos opositores às urnas, melhor ainda..

E não é que assim foi feito com a tentativa de manipular a data e a realização das eleições! Muitas pessoas não foram votar no dia 7 de novembro porque achavam que a data adiada para o dia 14 tinha sido definida. Mas aqui é Vasco e as regras foram mudadas em cima da hora, de novo.

E não estou falando da mudança da data, simplesmente. Falo, principalmente da pandemia que permitiria, legalmente que sócios do Rio e de fora do Rio não se expusessem ao risco de se contaminar com o vírus e, mesmo assim exercer o direito de escolher o presidente do clube.

Mas parece que nunca as coisas estão boas para o Vasco. A verdade é que o que aconteceu serviu para deixar as coisas mais claras neste lamentável episódio: Leven colocou as manguinhas de fora e estrebuchou quando o STJ decidiu que as coisas não seriam como ele havia planejado com seu sócio Roberto Monteiro.

Senhor Leven, se está tão certo de que seu projeto é o melhor, porque não deixar que uma quantidade maior de sócios tenham oportunidade de votar?

Como advogado, deveria ser o primeiro a defender o presidente do STJ que se envergonhou da decisão do desembargador do Rio. Ora, candidato, como sócio, começo a desconfiar de suas intenções. Ah, esqueci que foi você e o Roberto Monteiro que provocaram a decisão esdruxula do desembargador. Mas mesmo assim, acho que você leva, afinal, o que é do homem o bicho não come, ou não?

Eu fui impedido de votar e vou votar, agora (ou não, senhor Leven?). Simples assim: um desembargador cassou meu direito líquido e certo e não pude votar. Quem escolher não votar, agora, o fará por livre e espontânea vontade (ou não, senhor Leven?). Só isso. Simples. Sei que a novela não terminou. Voltaremos ao assunto.

Que os youtubers do Vasco continuem se dedicando a comentar os jogos e a qualidade dos jogadores e deixem a política do Vasco de fora, afinal vocês são melhores fazendo zoeira do que se associando a políticos, que dão de 7 a 1 em vocês.

Um abraço para os respeitados amigos do Sobrevasco e do A Voz do Vascaíno. Saudações Vascaínas!

https://youtu.be/Hy7BUnq66BQ

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