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Três grandes mistérios que o Brasil até hoje está sem resposta: 1) Onde está Carlinhos e quem o sequestrou em 1973. 2) Onde foram parar as seis vigas da Perimetral. 3) Quem subornou a Portuguesa no caso Héverton. Podem chamar o Bechara Jalkh, Lava Jato, a CIA, o FBI, KGB e etc... e tenho certeza de que eles não conseguirão solucionar esses casos, principalmente o caso da Portuguesa. ---- Neste domingo (25), a Portuguesa desaparecia do cenário nacional ao ser eliminada na Série D do Campeonato Brasileiro. ----  Desde 2013, é impossível conversar com alguém sobre a Lusa sem que citem o "caso Héverton". Esse é o grande nó que sufocou de vez qualquer chance de ressurgimento de um clube já combalido. Além de ser retirado da elite nos tribunais, ser acusada de vender a vaga, ser objeto de oportunismo de outros clubes, ser tolhida de milhões em cotas de televisão e ser humilhada pelos próprios diretores em rede nacional, a Portuguesa foi vítima da omissão da CBF, do STJD, do Ministério Público, da Justiça e dos próprios conselheiros do clube. ---- Pior do que aquele rebaixamento vergonhoso foi ninguém ter feito nada. Tanto dentro quanto fora do Canindé. Assassinar a Portuguesa é jogar uma pilha de sujeira para debaixo de um tapete imenso, puxado para que nós torcedores caíssemos. ---- Só que o "caso Héverton" foi apenas o golpe fatal. O problema central da Portuguesa está na administração. Que, não bastando ter parado no tempo, sempre foi contaminada por disputas nefastas. Se a política já é vergonhosa por natureza, imagine em uma colônia em que meia dúzia se sente dona do clube. A vaidade é um problema eterno no Canindé e faz com que grupos boicotem á própria Lusa apenas para prejudicar rivais. Isso, com o tempo foi afastando pessoas honestas, capazes e que tinham condições de ajudar a Rubro-Verde e evoluir. Foram sobrando apenas os velhos, endinheirados, interesseiros e que se intercalavam no poder como que num jogo de cartas marcadas. ----- Quando veio a Lei Pelé, com a Lusa estacionada no tempo, surgiram as dívidas astronômicas. O que esperar de um grupo podre no comando do clube? Contratavam como se comprassem leite para as padarias e dispensavam como se jogassem farinha vencida no lixo. Mas quem dera se cuidassem da Portuguesa como dos próprios negócios. Vieram as ações trabalhistas, as condenações sem nem mandar advogado para defesa, as penhoras e os salvadores da pátria. Vários tiravam do próprio bolso para bancar a Rubro-Verde. Uns por amor, por dedicação, para ajudar. Outros, nem tanto. Não demorou, para que o jogo virasse e muitos passassem a pressionar para recuperar o dinheiro "investido".  Enquanto uns não conseguem ter a dimensão dessa queda da Lusa e outros se beneficiam do silêncio, a torcida vai tentando juntar os cacos de um coração dilacerado, de uma vida sem sentido. ---- Não se arranca um amor do peito como se tira uma camisa de futebol do corpo. Esse amor vai nos levar a algum lugar. Ainda mais a nós, que só sabemos resistir. Qualquer dia a gente se encontra, seja em um livro de história, em um campo de várzea ou em um ato heroico nosso. Trechos extraídos do desabafo de Luiz Nascimento, blog do torcedor, Portuguesa, com certeza! Órfãos de uma paixão assassinada. Qualquer semelhança é mera coincidência. Saudações Vascaínas.

 


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